Eu escrevo como se fosse a última vez de toda uma vida, querendo expressar as mais diversas sensações, querendo demonstrar que ainda existem palavras que nos trazem uma sinceridade de dentro pra fora, como se estivesse "jogando no papel" toda a experiência da vida, mesmo não tendo vivido muito, mas aquilo que agente adquiri com as perdas, e os ganhos... jogando sem muito sentido, sem ponto, regras ou vírgulas, sem nem precisar de concordância, por que o que é de coração não precisa de nenhum tipo de cerimônia para ser entendido, e guardado. Eu choro como se fosse a primeira vez da minha vida, aquele choro sincero, ingênuo, as vezes com medo, um choro de filho(a) para mãe, quando abandona o ventre cheio e aconchego, para cair no mundo, tantas vezes sem apoio algum, eu choro como se estivesse me libertando de algo, que me prende eternamente, me prende à algo sem aparência, sem definição, eu choro por que nem sempre existem palavras suficientes no momento, e o choro é a melhor saída, o choro acaba sendo uma eterna aliança de você com você mesma, pois une o você de fora, com o você de dentro em uma simples lágrima. Eu canto, para espantar a solidão, de uma forma menos cordial, de um jeitinho mais alegre e suave, como se a música viesse do coração e não da garganta, como se a letra fosse criada espontâneamente, e a melodia fosse natural, explodindo em versos mudos, em batidas abafadas, e sopros imaginários, enfim, e infinitamente a música me liga ao mundo menos fantasioso, e ainda sim um mundo cheio de cantorias, assobios, e rimas perfeitas. Eu vejo, com olhos interiores o que a maioria das pessoas preferem não ver, e fecham os olhos para a realidade, eu vejo nas horas o que não se vê, me perco la fora... eu sim escolho um caminho em que somos cegos, onde devemos ser guiados pela compreenção, pelos olhos do coração, aqueles olhos que nos mostram as coisas como elas realmente são, sem tanta dor, nem sofrimento, e sim com compaixão, uns pelos outros, compaixão nos deixada à tantos anos, olhos da verdade, e da justiça, olhos cheios de doçura, que compõe uma expressão rica de amor, e cheios de caminhos esburacados, e estradas compostas de desafios a todo momento, porém olhos que nunca deixaram de olhar adiante, e enchergar a pureza, simplesmente a pureza, feita em versos...Por fim, espero a nova rima que encontrar, nesse mundo desatino, e deixar a vida acontecer.
Por. Amanda b. Lima.